sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Senhora Solidão


Até onde você iria ou o que você faria para não se sentir só?...






No dia 09 de setembro, estréia a comédia com traços dramáticos “Senhora Solidão” de Leandro Muniz no Teatro Maria Clara Machado (Planetário da Gávea) às 21h.

  “O teatro é um meio de transformação subjetiva, um meio privilegiado para descobrirmos quem somos, ao criarmos imagens do nosso desejo: somos o nosso desejo, ou nada somos”
(Augusto Boal)

O espetáculo “Senhora Solidão” conta a história de quatro solitários que a partir de um encontro revisitam suas memórias e brincam de reconstruir o que os desagradaram no passado e visualizar como desejariam seu futuro.
Assim como na frase de Boal, os personagens dão vida aos seus desejos, compartilhando imagens de suas histórias familiares com os demais, numa espécie de terapia.

Uma mulher recebe três solitários em casa. Com alguma fama conquistada por métodos não convencionais, a mulher atrai os solitários, todos com históricos conturbados, para uma espécie de vivência, uma troca de experiências intensa, em busca de entender o porquê de a solidão estar tão impregnada na vida de todos eles.

A terapia não convencional executada ali flerta com elementos do psicodrama, criado pelo psiquiatra romeno Jacob Levy Moreno. A psicoterapia de grupo usa a representação dramática como núcleo de abordagem e exploração da psique humana e seus vínculos emocionais.

 A história é contada em dois planos. O plano da realidade, do “agora”, que é a reunião dos quatro personagens na terapia e o plano da memória de cada um dos personagens, onde conhecemos um pouco seus históricos familiares e traumas específicos. No real, os personagens se apresentam relembrando algumas experiências do passado e executando exercícios propostos pela mediadora. No imaginário, para o público, os atores se transformam em múltiplos personagens dando vida a apresentação da cena-memória.

Diferente de alguns espetáculos, que usam a metalinguagem assumindo que ali estão atores, brincando de trocar de personagens o tempo todo, a peça usa a trama da realidade como ponto de partida. São os solitários da história, que vão se experimentar em outros personagens da vida dos demais.

O espetáculo é uma comédia em tons dramáticos. Há elementos da comédia nonsense e o teatro do absurdo nas memórias. Porém, no plano da realidade, embora existam situações cômicas, há momentos de desconforto, dor e falta de perspectiva dos personagens.

O encontro, que tinha apenas como objetivo a troca de experiências, evolui para algo extremamente inesperado. A possibilidade de reconstruir suas memórias as torna perfeitas sob o ponto de vista de cada um, mas as conseqüências podem ser dolorosas.

Ficha Técnica:

Texto e direção: Leandro Muniz
Elenco: Bia Guedes, Cláudio Amado, Cristina Fagundes e Luis Lobianco.
Cenário e iluminação: Paulo Denizot
Figurino: André Vital
Trilha sonora: Fabiano Krieger
Direção de Movimentos: Clarice Silva
Programação visual: Leonardo Miranda
Direção de produção: Junior Godim
Assistência de produção: Clarice Peluso
Assessoria de imprensa: Marx Comunicação!
Realização: Quase Companhia

Serviço:

Comédia: “Senhora Solidão”

Sinopse: Uma mulher recebe três solitários em casa para uma espécie de terapia não convencional.
Mas a troca de experiências entre eles acaba tendo consequências inacreditáveis.
Texto e direção: Leandro Muniz
Elenco: Bia Guedes, Cláudio Amado, Cristina Fagundes e Luis Lobianco.
Temporada: Sextas e sábados às 21h e domingo às 20h. De 09 de setembro a 09 de outubro.
Local: Teatro Maria Clara Machado (Planetário).  Rua Padre Leonel Franca, 240- Gávea.
Censura: 16 anos.
Ingresso: R$30 (inteira)

SOBRE O DIRETOR E AUTORLEANDRO MUNIZ, jovem carioca de 33 anos é um artista em movimento. Atualmente, trabalha como roteirista dos programas  Amor & Sexo e Junto & Misturado, da Rede Globo. 

Só neste ano, já esteve envolvido em oito peças teatrais:
"Senhora Solidão" e "Relações - peça quase romântica" - texto e direção.
"Uma festa privilegiada" - comemoração de 20 anos da Cia Fodidos Privilegiados (direção: João Fonseca) - como ator;
"Sonho de uma noite de São João" (direção: Anderson Cunha e Paulo Betti) - como ator e diretor musical; "Marina" e "Marina, a sereiazinha" (as duas peças da Cia Pequod, direção de Miguel Vellinho) - como ator.
"Joaquim e as estrelas" - texto de Renata Mizhari e direção Diego Molina, (dividindo com João Velho o personagem Joaquim) e "Clube da Cena" -  como autor.

Começou sua carreira na companhia Os Fodidos Privilegiados. Como ator e músico, trabalhou com Antonio Abujamra, João Falcão, Paulo de Moraes, Karen Acioly, João Fonseca, Miguel Vellinho, entre outros.
Escreveu e dirigiu o espetáculo Relações – peça quase romântica, obtendo 4 prêmios no XVI Festival de Teatro do Rio 2009, incluindo o de melhor texto. Como dramaturgo, teve um de seus textos, “Peça por peça“, selecionado no Concurso Nacional de Dramaturgia do CCBB, em 2007. Seus últimos textos, além do já citado “Relações”, são “A biografia do anônimo” e “Babilônia” em parceria com Jô Bilac, ambos com estreia prevista para 2012.
 Foi vencedor, por dois anos consecutivos, do Festival Internacional de Humor do Rio de Janeiro, com os textos “Musical Disney” e “Texto é que nem filho, primeiro a gente faz, depois a gente dá o nome“, recebendo seis prêmios, dentre eles o de melhor direção. É um dos autores do livro Cena Impressa, sobre dramaturgia em teatro, formado por dez novos dramaturgos brasileiros.

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